Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

 
 
 
Actualmente quando se fala de violência escolar, é sinónimo de falar de bullying.
Bullying refere-se a todas as condutas não físicas, como por exemplo, insultos, piadas, alcunhas..., que ridicularizam a criança.
Acarreta muitas vezes traumas importantes na vida futura destes alunos.
A escola é dos contextos preferenciais do bullying, pois existem inúmeras crianças, o que faz com que seja complicado vigiar e intervir em todos os seus comportamentos inadequados.
Normalmente o bullying é perpetrado por uma criança (ou adolescente) que à partida tem poder e influência sobre as outras. O agressor acusa a vítima de ser responsável pelo que aconteceu, sentindo-se a mesma verdadeiramente culpabilizada, por exemplo, por ser feia, gorda, fraca...
Esta forma de violência costuma passar despercebida aos olhos dos educadores, pois a vítima tende a ocultar estas manifestações, devido à pressão que o agressor exerce sobre ela (incutindo medo e fazendo retaliações). Não raras vezes, pais e professores só se apercebem que algo se está a passar quando notam manifestações no rendimento escolar, depressão, doenças psicossomáticas ou fobia à escola.
Vitimas de bullying estão numa situação de grande sofrimento psicológico, sendo por isso necessário intervir o mais precocemente possível. No entanto, é igualmente importante que se exerça intervenção sobre o agressor, visto que o seu comportamento expressa um mal-estar interno, sendo a violência um veículo para alcançar poder e status social.
O fenómeno de bullying pode comprometer o desenvolvimento da criança, em termos de segurança e auto-confiança. A auto-estima é a primeira a sofrer danos, muitas vezes irreparáveis.
Pais e outros educadores devem estar atentos preferencialmente às crianças que se desviam dos padrões normativos (sofrer de obesidade, ser demasiado falador, muito calado, gaguez, dificuldades de expressão...), pois estas têm maior probabilidade de ser alvo de condutas de bullying por parte dos colegas.
Muitos comportamentos de risco de adolescentes estão relacionados com o facto de terem sido vitimas de bullying ou de outros tipos de violência durante a infância.
O bullying implica maus tratos continuados e repetidos, não devendo ser confundido com a agressividade normal implícita nas brincadeiras destas crianças.
Em Portugal, o registo de casos de bullying é muito elevado. Contudo, infelizmente ainda não se presta muita atenção a este fenómeno.
O primeiro passo é sensibilizar pais e educadores para este tipo de violência, alertando-os para os comportamentos das crianças, susceptíveis de indicar que algo de errado se está a passar.
 
Para mais informações, consulte:
http://www.bullyonline.org/
http://www.stopbullyingnow.com/
http://www.dgs.pt/
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Psicóloga às 14:20
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